Quando é hora de partir?
- Milene de Souza
- 16 de mai.
- 2 min de leitura

Essa é a pergunta que ecoa em tantas leituras de tarot.
São corações presos em lugares invisíveis, enraizados em solos estéreis, onde o desejo de ficar é imenso, mas a angústia sufoca como um nevoeiro. É nesse nó silencioso que a alma sussurra seu pedido: "Parta."
Não é do fluxo do Todo viver em aperto, em inquietação, em angústia que dilacera o peito. O incômodo é o chamado para mergulharmos em nós mesmos, para encarar o espelho da vida. E, muitas vezes, o reflexo é claro: ficamos perdidos, olhando para o vazio, ignorando a saída que já está diante dos nossos olhos.
Por que nos prendemos ao que nos encolhe? Por que nos tornamos reféns de vibrações baixas, aceitando migalhas de amor, de prosperidade, de paz? O que é normal, afinal?
Que nunca esqueçamos: o normal é o amor. O normal é a fluidez. O normal é a abundância. Porque é isso que o universo emana — uma explosão constante de vida e luz.
Você já arrancou uma flor do solo? E, mesmo assim, outra brotou? Por quê? Porque o Todo cria infinitamente, e nós somos filhos Dele. Temos a mesma centelha, o mesmo poder. A criação é nosso direito, e a abundância é nossa essência.
Mas nos esquecemos. Nos habituamos à falta, ao medo, ao apego disfarçado de segurança. Bloqueamos o fluxo quando nos encolhemos, quando negamos a mão a quem precisa, quando ignoramos o brilho que há em nós.
Escolher permanecer onde a alma não floresce é escolher o inverno eterno. Escolher onde o brilho desaparece é trair a própria luz. E onde a esperança padece, a alma se apaga.
Que possamos, então, tomar posse do que é nosso: nossa capacidade de criar, de florescer, de iluminar.
A alma pede movimento. O Todo clama por expansão. E a vida espera que você se lembre de que foi feito para crescer. 🌿
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